sábado, 1 de outubro de 2011

O Império do Brasil e a Revolta dos Correios

Parece que a greve dos Correios está chegando ao fim.

O Governo já faz declarações mais enérgicas na Imprensa, mostrando-se contrário à greve da categoria de modo bastante claro. Já não é o Governo calado e paciente de antes, que tinha a esperança de não ter que intervir de maneira mais dura ou direta. O Governo agora, por exemplo, deseja que a greve seja considerada "abusiva" pela Justiça.

Além disso, as negociações parecem ter avançado bastante, exceto por um ponto: as horas extras que o Governo não pretende pagar. Explico:

Parte dos dias parados será descontada dos salários dos funcionários. Já outra parte não seria descontada, mas compensada com horas extras de trabalho. São essas horas extras que a categoria quer que sejam pagas.

Seja como for, o Governo já ofereceu um abono de R$ 500 que, na prática, não deixa de ser um pagamento por esses dias; e esse abano já estaria aceito, além de um reajuste salarial e um aumento de salário a partir de 2012.

O único impasse para o fim da paralisação, segundo o próprio ministro das Comunicações, é justamente o pagamento dessas horas extras.

Daí que em resumo, para pôr fim à greve, podemos falar em uma pressão por parte do Governo que antes não existia e em negociações mais avançadas. Além disso, o Governo não deve estar nem um pouco contente com as duas greves em andamento no País, procurando acabar com pelo menos uma delas o mais rápido possível. Lembremos que essa postura mais enérgica do Governo coincidiu com o início da greve dos bancários ou com a iminência desta.

Sendo assim, deveríamos esperar pelo fim da greve dos Correios ainda esta semana (3 a 8 de outubro)? Não parece possível que a greve dos Correios passe da terceira semana, coincidindo indefinidamente com a dos bancários. É um desgaste político para o Governo e um prato cheio para a oposição nas próximas eleições. (Sim, sim; ao que parece, tudo se resume à política.)

Tente se lembrar da última vez que houve duas revoltas greves simultâneas que afetassem todo o Reino País. Já começamos a vislumbrar a anarquia desordem pública e o rei a presidente recentemente recorreu a outros detentores do poder no Reino ao TST para declarar a rebelião greve dos Correios como intolerável abusiva, sem obter êxito até o momento.

A Realeza o Governo enfim desembainhou a espada abandonou a diplomacia. Agora ele pede auxílio recorre ao TST para pressionar os revoltosos grevistas e começa a rugir em praça pública fazer declarações enérgicas na Imprensa. Por outro lado, a Nobreza o Governo cede mais do que se mostrava disposto a ceder. Afinal, numa mesa de intimidações negociações, ninguém bota todas as cartas na mesa de uma vez, mas aos poucos; e blefa-se bastante.

Ruim mesmo era no tempo de Pedro II, quando havia muitos analfabetos, poucas correspondências para entregar e nenhuma greve dos Correios. Mas os tempos mudaram para melhor e hoje em dia tudo é muito, muito diferente daquela época. Já não há imperadores, revoltas, etc., e o selo já não é o Olho de Boi. Hoje o que temos é a Democracia, o direito de greve e 75% de analfabetos funcionais. Mudamos d'água para o vinho e deveríamos estar felizes, até mesmo porque vinho é melhor que água.

Sobre as correspondências atrasadas ou acumuladas na atual revolta greve dos Correios, se ela acabasse já, calcula-se que as atividades seriam normalizadas depois de quatro dias de serviços extras, isto é, após dois fins de semana com horas extras ou mutirões por parte dos funcionários.

Um comentário:

Mari disse...

Não acho legal essas greves está correto ele revindicarem seus direitos mais e a população que não nada com isso acaba pagando o pacto...

Beijo bom final de semana

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@Storieandadvic