domingo, 24 de julho de 2011

Transtorno Bipolar e Razões Para o Otimismo, de José Luís

Este texto foi traduzido do Blog Hispano Trastorno Bipolar. Se preferir ler este post na íntegra e em seu idioma de origem, clique aqui.
 
 
Não se trata apenas de uma convicção pessoal, que, a cada dia que passa, se faz mais forte em meu coração... e no coração de milhares de pessoas no mundo. Não é só o produto de uma esperança cega, nem de uma fé extrema nos avanços médicos... Nem, muito menos, eu baseio esta afirmação em minha ferrenha crença de que com valor, esforço e amor tudo é possível.

Assim José Luís, autor do Blog Hispano Trastorno Bipolar, vai escrevendo este post para seu blog.
 
Existem objetivamente vários motivos pelos quais se pode e se deve ser otimista.
 
O primeiro e mais importante é a compreensão física e biológica da enfermidade. Nos últimos 15 anos, o investimento tanto público como privado provocou um salto importantíssimo nas pesquisas em comparação com o período anterior. Os médicos não só entendem melhor o mecanismo a que obedece a enfermidade, mas também se experimentou o suficiente para cortar os sintomas mais incômodos de maneira efetiva.
 
Hoje em dia, um diagnóstico rápido faz com que a enfermidade cause muito menos sofrimento graças ao fato de que os tratamentos atuais conseguem uma altíssima porcentagem de sucesso, fazendo com que o paciente viva a maior parte do tempo sem sintomas.
 
Inclusive nos casos mais difíceis de tratar, nos quais o paciente tolera mais dificilmente a medicação ou esta lhe proporciona menos benefícios aparentes, a combinação de novos fármacos (desenvolvidos nos últimos anos), demonstrou que pode mitigar o suficiente os sintomas para que o bipolar possa levar uma vida normal e ser feliz, com todas as letras que tem a palavra felicidade.
 
Outra razão pelas quais hoje é mais provável ter uma vida estável, plena e feliz apesar do transtorno bipolar é que os cônjuges, amigos e familiares dos pacientes têm começado a compreender a necessidade e os benefícios de conhecer a fundo a enfermidade...


(...)
 
Para que não nos enganemos: o transtorno no qual vive o bipolar, em que se desenvolvem seus ciclos e mudanças de ânimo, em que ele ri, chora, se irrita, ama e odeia... é o responsável muitas vezes pelo fato de que este não possa enfrentar com sucesso a condição bipolar.
 
Graças a este enorme passo adiante dado por muitas famílias, tem-se conseguido (com dados, números e rigorosos estudos na mão) que se reduzam as temidas recaídas do paciente. Uma adequada observação e identificação dos sintomas, assim como dos fatores que os desencadeiam, é muitas vezes decisivo na hora de conseguir melhorias radicais.
 
Só nos casos em que o paciente não consegue o tratamento adequado, consome drogas ou álcool ou se nega sistematicamente a si mesmo como bipolar, o prognóstico é grave... mas ainda assim, com o apoio adequado de seus entes queridos, existe uma luz ao fim do túnel.


(...)
 
É um dever não só ético e moral, mas também emocional, de compromisso e de amor. Os familiares e os cônjuges devem ir em ajuda do enfermo. E devem fazê-lo com todas as armas e conhecimentos a seu alcance... Porque realmente existem modos de ajudar a um bipolar e guiá-lo pelo caminho da recuperação.
 
Por outro lado, também está havendo progressos de consciência por parte da sociedade, o que faz com que a integração social e laboral das pessoas que padecem de transtorno bipolar seja cada vez mais possível. Atualmente, milhares de pessoas diagnosticadas com esta enfermidade desenvolvem carreiras profissionais de sucesso, tanto no mundo das finanças como das letras, da ciência ou da arte... E também, no âmbito privado, elas conseguiram melhorar a relação com seus cônjuges e logram dia após dias viver o sonho de uma vida sem medo da sua própria condição.
 
De verdade, espero que estas palavras possam te servir de alento.


(...)
 
José L. González



PS - Como, depois de ter lido o texto acima, eu poderia não compartihar ao menos uma parte dele com vocês, leitores do Mastigando Estrelas?


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